AGONIA
RICARDO BEDA
acrilica e guache sobre tela
30x40cm
2021
Micro, macro; perto, longe. Contrastes do dia a dia que passavam batidos e agora batem em nossa porta, em cada canto da mente, disputando por atenção em meio a agonia da perda e do isolamento.
Éramos tão acostumados ao invisível e agora por conta dele somos forçados a nos adaptar, reaprender, fazer de tudo para nos protegermos.
Sorrisos reais, um abraço caloroso, um oi distante, um toque frio. Sentíamos esses invisíveis na pele, na voz, no tato, por todo o corpo.
Agora nosso corpo grita. Vivemos a reconstrução de uma realidade de micros e macros onde o invisível tão palpável e corriqueiro se torna amedrontador.
Sentimos essa falta.
Que poder temos sobre nosso destino? quão grande será que somos no universo?
Evitamos olhar para baixo porque a altura nos assusta. A falta, a queda, a mudança de planos, todas essas coisas ameaçam nosso controle, entendimento e conforto.
O macro é imensurável.
Não posso mudar o todo mas sei que todo micro afeta o macro, começo comigo, dou um passo de cada vez antes de saltar. Me protejo para proteger. Reaprendo a viver.
E é assim que eu sigo, antes do macro, o micro.
E ESPERANÇA.
No trabalho foram exploradas as sensações e experiências derivadas da pandemia e do isolamento social. A ideia é chamar atenção para os pequenos atos que corroboram em grandes escalas como por exemplo o uso da máscara em ambientes públicos. Para além do alerta,há também a esperança para o futuro, que é dependente da colaboração de cada micro parte dentro dessa macro sociedade.
RESUMO
@ricbeda
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ALUNO: Ricardo Beda
PROFESSOR: Paulo Veiga Jordão
DISCIPLINA: Arte Pública
Escola de Belas Artes UFRJ
Vídeo em colaboração com Mylena Monteiro
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